Existe algo como poeira cósmica
Que ao se agitar, foge para dentro das nebulosas
Pela fusão de corpos celestes

Um viajante microscópico
É varrido por correntes invisíveis
Até que uma afinidade entre os seres, a gravidade
O Pega. Você, eu, a Terra

Em limites, imutável e claro
E essa sensação de queda
Nos ultrapassa junto com o pó
Com uma explosão repentina de vertigem

À medida que a poeira deriva
Uma estrela cadente outrora invisível aparece
Um pouco da dança do céu com o luar
E eu também me apaixonei, sem perceber

Por você
E assim, através de uma plena noite
Conspirada pelo universo e seus olhos

Eu, muito extasiado pelo espaço que diminui
Entre as mãos e a ponta dos seus dedos
Me pego refletindo sobre o acaso
Que foi lhe encontrar

Nessa vastidão de universo
que chamamos de casa

Te amo

Programador, sonhando em ser escritor e falhando em ser humorista.